PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PELLETS DE BIOMASSA AGROFLORESTAL

Autores

  • Dorival Pinheiro Garcia UNESP https://orcid.org/0000-0002-9673-6906
  • José Cláudio Caraschi UNESP
  • Thiago de Paula Protásio UFRA
  • Ronaldo da Silva Viana UNESP
  • Mário Vanoli Scatolino UFLA

DOI:

https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2022v37n1p30-38

Resumo

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PELLETS DE BIOMASSA AGROFLORESTAL

 

DORIVAL PINHEIRO GARCIA1, JOSÉ CLÁUDIO CARASCHI2, THIAGO DE PAULA PROTÁSIO3, RONALDO DA SILVA VIANA4, MÁRIO VANOLI SCATOLINO5

 

1 Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva (FAIT), Rod. Francisco Alves Negrão km 285, B. Pilão D’água, 18412-000,  Itapeva, São Paulo, Brasil. dorival.pinheiro.garcia@gmail.com

2 Departamento de Ciência e Tecnologia, Instituto de Ciências e Engenharia (UNESP), Rua Geraldo Alckmin, 519

Vila N. Srª. de Fátima, 18409-010, Itapeva, São Paulo, Brasil. j.caraschi@unesp.br

3 Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Bairro Cidade Nova, 68.515-000, Caixa Postal 3017, Parauapebas, Pará, Brasil. thiago.protasio@ufra.edu.br

4 Departamento de Produção Vegetal, Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas (UNESP), Rod. Cmte João Ribeiro de Barros, km 651, Bairro das Antas, 18700-000, Dracena, São Paulo, Brasil. ronaldo.viana@unesp.br

5 Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Rua Francisco Mota 572, Bairro Pres. Costa e Silva, 59625‑900, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. mario_paraiso@hotmail.com

 

RESUMO: A demanda mundial por pellets cresce exponencialmente. Isso ocorre porque são recursos energéticos associados à economia de baixo carbono e são utilizados por países que precisam reduzir suas emissões de gases do efeito estufa e atender aos acordos climáticos. Para explorar as oportunidades desse negócio é preciso oferecer informações ao mercado a respeito da capacidade de produção, quantidade de indústrias produtoras e quais materiais lignocelulósicos estão sendo compactados no formato de pellets. Esta pesquisa elaborou um mapa on-line dos produtores de pellets brasileiros, identificou os tipos de biomassas utilizadas como matérias-primas, verificou quem são os principais consumidores e apurou quanto foi produzido em 2020. Uma pesquisa com os produtores foi realizada, com aplicação de um formulário on-line do Google Forms, que obteve 100% de índice de resposta. Com esses dados foi elaborado um Mapa dos Produtores de Pellets. Os resultados revelaram cerca de 30 indústrias ativas, distribuídas em seis estados, que produziram cerca de 820 mil toneladas em 2020, fabricados com pinus, eucaliptos, acácia-negra, bagaço de cana-de-açúcar, casca de amendoim e casca de café. Os dados demonstram o crescimento do setor de pellets em diversas regiões brasileiras e a contribuição efetiva do país nas exportações desses biocombustíveis sólidos renováveis.

 

Palavras-chave: energia renovável, transição energética, COP26, agropellets, energia limpa.

 

BRAZILIAN PRODUCTION OF AGROFORESTRY BIOMASS PELLETS

 

ABSTRACT: The world demand for pellets grows exponentially. This is because they are energy resources associated with the low carbon economy and, in addition, they are used by countries that need to reduce their greenhouse gas emissions and comply with climate agreements. In order to explore the opportunities of this business, it is necessary to offer information to the market regarding the production capacity, number of producing industries and which lignocellulosic materials are being compacted in the form of pellets. This research produced an online map of Brazilian pellet producers, identified the types of biomass used as raw materials, verified who the main consumers are and found how much was produced in 2020. A survey with producers was carried out, with application of a Google Forms online form, which obtained a 100% response rate. Based on these data, a Map of Brazilian Pellet Producers was constructed. The results revealed about 30 active pelletizing industries, distributed in six states, which produced about 820 thousand tons of the product in 2020, made with pine, eucalyptus, black wattle, sugarcane bagasse, peanut husks and coffee husks. The data demonstrate the growth of the pellet sector in several regions of Brazil and the effective contribution of the country in the exports of these renewable solid biofuels.

 

Keywords: renewable energy, energy transition, COP26, agripellets, clean energy.

Biografia do Autor

Dorival Pinheiro Garcia, UNESP

Doutorando na área de Materiais Lignocelulósicos, possui Mestrado em Engenharia Mecânica (FEG/UNESP) na área de Aproveitamento da Energia, Graduação em Engenharia Industrial Madeireira (UNESP), Licenciatura em Matemática, Especialização no Ensino de Física e Matemática. Atualmente é Diretor de Obras na Diretoria de Ensino - Região Itapeva órgão ligado a Secretaria Estadual de Educação. Tem experiência no Ensino Superior na área de Produtos Derivados da Madeira, Secagem da Madeira, Propriedades Físicas da Madeira e Matéria-Prima para a Indústria Madeireira. Dedica-se ao estudo da madeira como material tecnológico, especialmente nas pesquisas relacionadas a qualidade, características físicas, químicas e energéticas dos materiais lignocelulósicos enquanto recurso renovável de energia. Desde 2007, possui um blog técnico sobre pellets produzidos a partir de qualquer material lignocelulósico (pelletsdemadeira.blogspot.com.br). Atua como Consultor do mercado de biomassa / pellets e Presidente da ABIPEL - Associação Brasileira das Indústrias de Pellets.

José Cláudio Caraschi, UNESP

Possui graduação em Química com Atribuições Tecnológicas (1988) e Licenciatura em Química (1993) pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) , Mestrado em Química (Físico-Química) pelo IQSC/USP (1993) e Doutorado em Química (Físico-Química) pelo IQSC/USP (1997). Pós-doutorado (1997-2001) em materiais compósitos lignocelulósicos pela FCA/Unesp/Câmpus de Botucatu. Livre-docência em Química da Madeira (2019). Atualmente é Professor Associado da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Tem experiência na área de química da madeira e de outros materiais lignocelulósicos, atuando principalmente nas seguintes áreas: química da madeira, celulose solúvel, processo de polpação química, branqueamento de polpa celulósica, aproveitamento de resíduos lignocelulósicos e energia da biomassa vegetal.

Thiago de Paula Protásio, UFRA

Engenheiro Florestal, Mestre e Doutor em Ciência e Tecnologia da Madeira pela Universidade Federal de Lavras. Fez estágio pós-doutoral no programa de pós-graduação em engenharia de biomateriais da Universidade Federal de Lavras. Atualmente, é Professor do Magistério Superior, Classe 6, Nível 601, Adjunto C, da Universidade Federal Rural da Amazônia, Câmpus de Parauapebas, curso de Engenharia Florestal. Atua como docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais da Universidade Federal Rural da Amazônia (PPGCF/UFRA), em que orienta discentes em nível de mestrado. Foi professor voluntário da Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA, Câmpus de Parauapebas, curso de Engenharia Florestal, entre os meses de agosto a outubro de 2016. Atuou, também, como professor substituto na Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, no curso de Engenharia Florestal, entre 2014 a 2016, na área de Tecnologia de Produtos Florestais. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais, Energia da Biomassa Lignocelulósica e Desenvolvimento Tecnológico da Produção Sustentável de Carvão Vegetal e Lenha.

Ronaldo da Silva Viana, UNESP

Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Espírito Santo -(UFES) (2005) Campus Alegre - ES. Concluiu mestrado em agronomia, Área de concentração em produção vegetal pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho -(UNESP) (2007) Campus Jaboticabal - SP, doutorado em Agricultura pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho - (UNESP)(2011) Campus Botucatu -SP. Pós - Doutorado em agronomia pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho - (UNESP)(2013) campus Ilha solteira- SP. Docente da Faculdade de tecnologia de Araçatuba (FATEC) Campus Araçatuba -SP de 2008 à 2015. Coordenador do curso de agronomia da Fundação Educacional de Penápolis -SP de janeiro de 2015 à julho de 2015. Atualmente é Professor da Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho -(UNESP) Campus Dracena nas áreas de Agroenergia, Tecnologia do açúcar e álcool e Biocombustíveis.Tem experiência em diversas na área da Agronomia e Biocombustíveis com ênfase na Tecnologia do açúcar e processos fermentativos, produção de cana de açúcar, produção de sorgo sacarino atuando principalmente nos seguintes temas: Fisiologia da maturação, Germinação de especies cultivadas, Estresse biótico e abiótico de plantas cultivadas, Biorrefinarias, Produção de bioenergia a partir de biomassa, produção de biocombustíveis. Desde janeiro de 2018 é membro permanente no Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Unesp de Ilha Solteira.:https://orcid.org/0000-0001-6819-5092, Líder do grupo de pesquisas: Culturas bioenergéticas e tecnologias de conversão e produção de biocombustíveis.

Mário Vanoli Scatolino, UFLA

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (2012) e mestrado em Ciência e Tecnologia da Madeira pela Universidade Federal de Lavras (2015). Trabalhou com filmes nanocelulósicos de nanofibrilas oriundas de espécies amazônicas. Doutorado finalizado em 2019 estudando a utilização de nanofibrilas de celulose de paricá amazônico como recobrimento de papéis comerciais.Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Tecnologia de Chapas, atuando principalmente nos seguintes temas: madeiras amazônicas, setor moveleiro, produção de aglomerados, garrafas pet; cimento-madeira; reciclagem, nanotecnologia e painéis com resíduos agrícolas na composição. Experiência de doutorado sanduíche de mobilidade para a Université de Rouen-FR onde integrou o Groupe de Physique des Matériaux (GPM) pelo programa Erasmus Mundus, da União Européia.

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Publicado

30-03-2022

Como Citar

Garcia, D. P., Caraschi, J. C., Protásio, T. de P., Viana, R. da S., & Scatolino, M. V. . (2022). PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PELLETS DE BIOMASSA AGROFLORESTAL. ENERGIA NA AGRICULTURA, 37(1), 30–38. https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2022v37n1p30-38