SENSIBILIDADE DE GOTEJADORES À OBSTRUÇÃO POR PARTÍCULAS DE AREIA

Autores

  • Acácio Perboni ESALQ/USP
  • José Antonio Frizzone ESALQ/USP
  • Rubens Duarte Coelho ESALQ/USP
  • Rogério Lavanholi ESALQ/USP
  • Ezequiel Saretta ESALQ/USP

DOI:

https://doi.org/10.15809/irriga.2018v23n2p194-203

Resumo

SENSIBILIDADE DE GOTEJADORES À OBSTRUÇÃO POR PARTÍCULAS DE AREIA

 

 

ACÁCIO PERBONI1; JOSÉ ANTONIO FRIZZONE2; RUBENS DUARTE COELHO2; ROGÉRIO LAVANHOLI3 E EZEQUIEL SARETTA4

 

1 Professor, IFMT, Campo Novo do Parecis - MT, acacio.perboni@cnp.ifmt.edu.br

2 Professor, Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ/USP, Piracicaba - SP, frizzone@usp.br; rdcoelho@usp.br

3 Doutorando, Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ/USP, Piracicaba - SP, rogeriolavanholi@hotmail.com

4 Professor, UFSM, Cachoeira do Sul - RS, ezequielsaretta@gmail.com

 

 

1 RESUMO

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do tamanho e concentração de partículas de areia e da velocidade de fluxo da água nas linhas na sensibilidade à obstrução de um modelo de gotejador do tipo cilíndrico, não regulado, com vazão nominal de 2 L h-1. Foram realizados ensaios de obstrução com areia misturada em água destilada, combinando os seguintes fatores: três faixas granulométricas de partículas de areia, três concentrações de areia e três velocidades de fluxo de água no tubo. A vazão de 32 gotejadores foi medida a cada doze minutos por meio de um sistema automatizado. Nos ensaios com faixa granulométrica de 0,105 a 0,25 mm, ocorreu a obstrução nas concentrações de 250 e 500 mg L-1, para os regimes de escoamento de transição e turbulento. Já na faixa granulométrica de 0,25 a 0,5 mm, ocorreu obstrução nas concentrações de 100, 250 e 500 mg L-1, para os regimes de escoamento de transição e turbulento. A obstrução de gotejadores ocorreu de forma aleatória nas oito linhas. Após obstruídos os gotejadores não desobstruíram com o passar do tempo de ensaio.

 

Palavras-chave: microirrigação, partículas sólidas inertes, granulometria, concentração

 

 

PERBONI, A.; FRIZZONE, J. A.; COELHO, R. D.; LAVANHOLI, R.; SARETTA, E.

SENSITIVITY OF DRIPPERS TO CLOGGING CAUSED BY SAND PARTICLES

 

 

2 ABSTRACT

 

The purpose of this research was to assess the influence of concentration and size of sand particles, and water flow velocity in laterals on the sensitivity of drippers to clogging. A cylindrical integrated non-pressure compensating dripper of 2 L h-1 nominal flow rate was used. Experiments were undertaken using distilled water and sand particles, according to the following levels: (a) three ranges of particles sizes; (b) three concentrations of particles; and, (c) three flow velocities in the laterals. The flow rate of 32 drippers was measured at every 12 minutes by an automated system. Within the range of particle sizes from 0.105 to 0.25 mm, clogging of emitters was observed under transient and turbulent flow regimes, and under particles concentration of 250 and 500 mg L-1. Within the range of particles sizes from 0.25 to 0.5 mm, clogging was observed for all concentrations under transient and turbulent flow regimes. Clogging of emitters occurred as a random phenomenon. Once clogged, emitters did not recover their initial flow rate. 

 

Keywords: micro irrigation, inert solid particles, particle size, concentration

Biografia do Autor

Acácio Perboni, ESALQ/USP

Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2010) e mestrado em Irrigação e Drenagem pela Universidade de São Paulo (2012). Atualmente é doutorando em Engenharia de Sistemas Agrícolas da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem e hidráulica agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: irrigação localizada, perda de carga, geoestatística.

José Antonio Frizzone, ESALQ/USP

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1977), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1979) e doutorado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1986). Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo. Foi Chefe do Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP nos períodos 03/2003 a 03/2007 e 03/2011 a 03/2013. Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Irrigação e Drenagem da ESALQ/USP no período 11/2002 a 11/2008. É o Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação (INCT-EI) que tem sede na ESALQ/USP e líder do Grupo de Pesquisa do CNPq denominado de: Metrologia, Normalização e Qualidade em Irrigação e Drenagem. Coordena o Projeto Serviço de Assessoramento ao Irrigante - SAI, projeto executado no Distrito de Irrigação do Baixo Acarau-CE. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Irrigação, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo da irrigação, hidráulica de sistemas de irrigação, otimização do uso da água, evapotranspiração, fertirrigação e simulação.

Rubens Duarte Coelho, ESALQ/USP

Professor Associado (Nível 3) da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ - USP), Graduação: Engenharia Agronômica USP (1986); Mestrado (MSc): Irrigação e Drenagem USP (1990), Doutorado (PhD): Engenharia Hidráulica EESC / University of Nebraska USA (1996). Atualmente Docente do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Universidade de São Paulo, ministrando 2 disciplinas a nível de graduação e 4 disciplinas a nível de pós-graduação. Membro das Sociedades Brasileira e Americana de Engenharia Agrícola (SBEA / ASABE). Total de 40 orientações já concluídas a nível de Pós-Graduação sendo: 19 Mestrados (M), 17 Doutorados (D), 1 Co-Doutorado (CD) e 3 Supervisões de Pós Doutorado (PD) e outras 27 orientações concluídas a nível de Iniciação científica (Bolsistas). Orientando no momento 11 alunos no Programa de Pós Graduação da USP (4 D / 3 D Co / 4 M) em Engenharia de Sistemas Agrícolas e 0 no Programa de Graduação da USP (Iniciação Científica). PROJETOS DE PESQUISAS EM ANDAMENTO: a) Produtividade da Água em Biomassa e Energia nas Culturas de Cana-de-Açúcar, Citrus e Café; b) Utilização de Drones (Vants) na Irrigação de Precisão c) Irrigação por Gotejamento: Desempenho de Emissores e Resistência ao Entupimento e d) Simulação do Crescimento e Produtividade das Plantas sob condição irrigada e de sequeiro.

Rogério Lavanholi, ESALQ/USP

Graduado em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Maringá, Campus do Arenito, Cidade Gaúcha - PR. Mestrando em Ciências -Engenharia de Sistemas Agrícolas pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ - USP). Possui conhecimento em informática e programação. Atua na área de hidráulica, irrigação, mecanização agrícola e física do solo.

Ezequiel Saretta, ESALQ/USP

Atualmente é servidor público do grupo superior (Engenheiro) do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP), atuando nas áreas de Hidráulica e Irrigação. É estudante do curso de Doutorado em Ciências do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas Agrícolas (ESALQ/USP), pelo qual também possui mestrado. Recebeu o título de Engenheiro Agrônomo pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2011).

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Publicado

2018-10-09

Como Citar

PERBONI, A.; FRIZZONE, J. A.; COELHO, R. D.; LAVANHOLI, R.; SARETTA, E. SENSIBILIDADE DE GOTEJADORES À OBSTRUÇÃO POR PARTÍCULAS DE AREIA. IRRIGA, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 194–203, 2018. DOI: 10.15809/irriga.2018v23n2p194-203. Disponível em: https://energia.fca.unesp.br/index.php/irriga/article/view/2162. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos