RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS DE PLANTAS DE AROEIRA (Myracrodruon urundeuva Allemão) AO DÉFICIT HÍDRICO E POSTERIOR RECUPERAÇÃO

Autores

  • Amanda Silva Costa Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos
  • Antonio Lucineudo Oliveira Freire Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos
  • Ivonete Alves Bakke Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos
  • Francisco Hevilásio Freire Pereira Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal

DOI:

https://doi.org/10.15809/irriga.2015v20n4p705

Resumo

RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS DE PLANTAS DE AROEIRA (Myracrodruon urundeuva Allemão) AO DÉFICIT HÍDRICO E POSTERIOR RECUPERAÇÃO

 

 

AMANDA SILVA COSTA1; ANTONIO LUCINEUDO DE OLIVEIRA FREIRE2; IVONETE ALVES BAKKE3 E FRANCISCO HEVILÁSIO FREIRE PEREIRA4

 

1Engenheira Florestal - Mestre em Ciências Florestais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais – Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal - Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, Patos, PB, Brasil, amanda.florestal@gmail.com

2Engenheiro Agrônomo – Doutor - Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal - Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, Patos, PB, Brasil, lucineudofreire@gmail.com

3Engenheira Florestal – Doutora - Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal - Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, Patos, PB, Brasil, ivonete@cstr.ufcg.edu.br

4Engenheiro Agrônomo – Doutor - Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, Pombal, PB, Brasil, fhfpereira@ccta.ufcg.edu.br

 

 

1 RESUMO

 

A aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão) vem sendo explorada de forma desordenada, ocasionando redução drástica no número de indivíduos, fazendo com que passasse a fazer parte da lista de espécies ameaçadas de extinção, sendo oportuna a prioridade da conservação. No entanto, pouco se sabe a respeito de aspectos relacionados à sua fisiologia, principalmente acerca dos mecanismos fisiológicos que determinam sua tolerância à seca. O objetivo deste trabalho foi avaliar as trocas gasosas e o acúmulo de solutos orgânicos em plantas jovens de aroeira submetidas ao déficit hídrico e posterior recuperação. Plantas com doze meses de idade, mantidas em sacos plásticos pretos, contendo 5 kg de uma mistura de solo e esterco bovino (2:1) foram submetidas aos tratamentos irrigados (controle) e de déficit hídrico, o qual foi imposto através da suspensão da irrigação. Decorridos 12 dias de déficit hídrico, as plantas foram reidratadas. As plantas sob déficit hídrico apresentaram teor relativo de água de 70% ao final do período de estresse. O déficit hídrico promoveu redução progressiva na condutância estomática, na transpiração, na fotossíntese líquida e na eficiência no uso da água das plantas. A concentração intercelular de CO2 e as concentrações foliares de açúcares totais e aminoácidos solúveis totais aumentaram. Após a retomada da irrigação, ocorreu rápida recuperação no teor relativo de água, mas a recuperação da condutância estomática e da fotossíntese líquida ocorreu mais lentamente. As plantas de aroeira foram capazes de recuperar o status hídrico e o funcionamento do mecanismo estomático e fotossintético após a recuperação, demonstrando tolerância ao déficit hídrico.

 

Palavras-chave: Fotossíntese, solutos orgânicos, trocas gasosas, tolerância à seca.

 

 

COSTA, A, S.; FREIRE, A. L. O.; BAKKE, I. A.; PEREIRA, F. H. R.

PHYSIOLOGICAL AND BIOCHEMICAL RESONSES OF Myracrodruon urundeuva Allemão  PLANTS TO WATER DEFICIT AND REHYDRATION

 

 

 

2 ABSTRACT

 

Myracrodruon urundeuva Allemao plants have been explored in a disorderly way, which   has caused   a sharp reduction in the number of individuals, and  put  them on  the list of endangered species. Therefore, their conservation became timely priority. However, little is known about aspects concerning their physiology, mainly those related to physiological mechanisms which determine their drought tolerance.   The objective of this study was to evaluate the stomatal behavior and accumulation of organic solutes in young plants subjected to water stress and subsequent rehydration.  Twelve  month-old  plants, kept in black plastic bags, with 5 kg of a mixture of soil and bovine manure (2:1) were subjected to irrigation treatment (control) and water deficit by irrigation withdrawal. After 12 day-water deficit, plants were rehydrated.  Plants under water deficit showed relative water content of 70% at the end of the stress. Water stress caused progressive reduction in stomatal conductance, transpiration,  photosynthesis rate  and water use efficiency of plants. Intercellular concentration of CO2   and leaf concentrations of total sugar and soluble amino acids increased.   After resumption of irrigation, rapid recovery of relative content of water was observed in the second day, but recovery of the stomatal conductance and photosynthesis rate was slower.  Plants were able to recover   the water status and functioning of the stomatal and photosynthetic mechanisms after rehydration, which shows their tolerance to water stress.

 

Keywords: Photosynthesis, organic solutes, gas exchanges, drought  tolerance.

 

Biografia do Autor

Amanda Silva Costa, Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Campina Grande PB (2009.2). Tem experiencia na área de silvicultura e solos. Atuando principalmente nos seguintes temas: Patologia de sementes florestais e Manejo e conservação do solo. Atualmente, é Engenheira Florestal da Prefeitura Municipal de Patos-PB, com o cargo de Chefe do Setor de Arborização Urbana e manejo da Caatinga.

Antonio Lucineudo Oliveira Freire, Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1988), mestrado em Agronomia (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Lavras (1990) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Fisiologia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: salinidade, estresse hídrico, germinação de sementes, tolerância à salinidade e estresse salino.

Ivonete Alves Bakke, Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal da Paraíba (1993), mestrado em Zootecnia area de concentracao Forragicultura pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e doutorado em Agronomia, area de concentracao Ecologia Vegetal e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Campina Grande, no Centro de Saude e Tecnologia Rural. Tem experiência na área de Forragicultura, Ecologia e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, caatinga, desenvolvimento sustentavel.

Francisco Hevilásio Freire Pereira, Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2000), mestrado e doutorado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (2002 e 2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e Tratos Culturais, atuando principalmente nos seguintes temas: olericultura, nutrição mineral e fisiologia de plantas cultivadas.

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Publicado

2015-12-14

Como Citar

COSTA, A. S.; FREIRE, A. L. O.; BAKKE, I. A.; PEREIRA, F. H. F. RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS DE PLANTAS DE AROEIRA (Myracrodruon urundeuva Allemão) AO DÉFICIT HÍDRICO E POSTERIOR RECUPERAÇÃO. IRRIGA, [S. l.], v. 20, n. 4, p. 705–717, 2015. DOI: 10.15809/irriga.2015v20n4p705. Disponível em: https://energia.fca.unesp.br/index.php/irriga/article/view/1738. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos